quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Vantagens em caminhar 1 hora por dia.


  
Resultado das minhas caminhadas.
(Foto/imagem de minha autoria.)

Que não haja dúvidas, só uma alimentação controlada emagrece. Mas caminhar ajuda imenso no processo de emagrecimento saudável.


Situações que pensei irreversíveis com a idade, começaram a melhorar. 


Já consigo subir longas escadarias sem sofrer 3 enfartes pelo meio.


As caminhadas solitárias, de preferência junto da natureza, são conselheiras ajudando a profundas reflexões, ao reencontro de prioridades, sacudindo energias negativas, como uma espécie de limpeza da alma. Ajuda a encarar com calma e serenidade situações de suposta tensão e liberta aquelas coisas da felicidade, as dopaminas ou lá o que é…


Ajuda a adormecer mais rápido e a um sono mais descansado sem insónias e o acordar já não é tão penoso.


O Inverno também já não é tão penoso, especialmente os Domingos de Inverno que eram totalmente inúteis. Só serviam para procrastinar pensando que estava a descansar, mas nas Segundas-feiras de manhã sempre acordava todo partido e sem perceber o motivo…


Os valores das análises ao sangue melhoraram substancialmente.

O facto de ser uma actividade ao ar livre, permite uma boa respiração, longe de ambientes fechados, bafientos ou com ar condicionado. Pois afinal, para além de uma boa alimentação, o corpo alimenta-se principalmente de oxigênio, sendo de facto o que realmente mais consome. Portanto, mais do que uma boa alimentação, uma boa respiração é de extrema importância. 

  (Sabiam que no processo de emagrecimento, a gordura que sai do corpo é pela respiração e não pelos excrementos?...)

Apanhar ar/oxigénio é muito bom, mas e o que dizer daqueles dias de sol cheio de vitamina D deixando-nos um bronze interessante e um aspecto mais estiloso/saudável? 


Mas e nos dias de tempestade? 

  São esses dias de intempérie que precisamente nos vão deixar fortes como aço, autênticas máquinas de guerra.

   Toda a actividade física militar é ao ar livre e na altura em que fiz tropa sentia-me uma barra de ferro. Podia cair de um 1.° andar que me levantava na boa continuando o meu caminho como se nada fosse.

(Penso que a lógica do treino militar seja igual ao processo de avicultura do frango do campo, que depois é vendido mais caro porque fica com muito menos gordura, carne mais consistente e mais saborosa.)

E força de vontade? 

   Admito que ao princípio custava imenso e era um sacrifício, especialmente em dias de chuva. Mas o cérebro é um órgão tão fantástico que se habitua a todas as circunstâncias, até as mais penosas.

Nos dias em que não posso ir dar a voltinha já fico em ansiedade com o cérebro a bombardear-me de sinais, tipo: “siga lá gordo da m*rda, está na hora”.

(Acho que a isto se dá o nome de “Efeito Pavlov”, que é quando há tanta habituação do cérebro a uma rotina, mesmo que indesejada, tornando-se depois difícil sair da mesma.

Imaginem que alguém começa a ser v*olado no rabo todos os dias à meia-noite por um lobisomem?... Um cenário que seria dantesco, passado um tempo o cérebro começa a ficar tão habituado que no dia em que o lobisomem deixar de aparecer àquela hora, será tão estranho que, com o tempo, até pode gerar saudade.

Penso que os casos mais comuns são os dos prisioneiros que são soltos passado anos, já não se conseguindo adaptar à liberdade. O mesmo acontece com os animais nascidos e criados em cativeiro.)


E corrida? 

   Para quem quer emagrecer de forma rápida, sim. Mas aconselho só numa fase posterior e com um peso já controlado, senão pode ser um Cavalo de Troia causando rebentamentos venosos. Para gordos, apenas caminhada moderada e com alimentação controlada. Nem mesmo caminhadas rápidas ou em trilhas de 3/4 horas é aconselhável, pois na hora de ir descansar o coração estará a mil com dificuldades em regressar ao batimento normal. 


Não é tempo totalmente perdido, dá para rentabilizar. 

   Vou a ouvir podcasts super interessantes e até a ler livros. Sim, há já imensa literatura convertida em formato áudio. Imagine-se, alguém estar a contar uma história para nós como faziam os nossos pais e avós. 

   Obviamente, dá para ir a ouvir música. Tenho tido orgasmos cerebrais a ouvir Dark Music em caminhadas com chuva/trovoada ou Smooth Jazz em caminhadas de Inverno nocturnas.

   Pode-se também simplesmente ir a ouvir o relato da bola ou as notícias na rádio. Melhor ainda, por vezes, é ir a ouvir os silêncios, o vento, os sons da natureza. 

   E mais, comecei a aproveitar para ligar para pessoas que nunca falava porque nunca tinha tempo. Amigos/família e até contatos de negócio, rodei a lista telefónica e reaproximei-me de pessoas que já não falava há anos e até me tornei confidente e conselheiro de algumas. Na época digital das mensagens, em que ligar é até considerado algo intrusivo, não fazem ideia o bálsamo que foi para muita gente, mesmo que desconfiados ao início, de um “Olá como estás? Não, não quero nada, apenas saber como vais?…”. A minha vida social incrementou e até juntei pessoas em saídas, eventos e almoçaradas.


Pode ser também um óptimo programa social. Caminhar e ir a dar à língua com alguém, com a vantagem de obrigar a controlar melhor a respiração.

As pessoas na rua começaram a habituar-se a mim e começaram a criar-se laços de proximidade, até já me cumprimentando. Por exemplo, passo diariamente por um posto da polícia e o pessoal de serviço já tem dito: “...ora mais uma caminhadazinha? Tem de ser, não desista, está no bom caminho!...”.


Estando na rua, aproveitar para o essencial como ir despejar o lixo sem ter que ir lá de propósito mais tarde. Passar no mercado e comprar comida fresca do dia sem ser necessário acumular alimentos dias e dias no frigorífico que vão perdendo as propriedades ou se estragam.


Para quem tem cão, também será óptimo para o animal.




EXTRA

   Coisas más das caminhadas, 

  • Dependendo do peso, os ténis/sapatilhas rebentam rápido (aconselho os novos modelos de crocs em borracha de espuma).

  • Podemos ser atropelados, ou levar com m*rda de pássaro ou com um vaso caído de uma varanda.

  • Ser assaltado (aconselho ir mal vestido, com cara de maluco, ar de marginal ou desgraçado, assim passamos despercebidos).


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