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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Hierarquia da Monarquia e outros enquadramentos.

Imperador / Imperatriz

Chefe soberano de vários povos/reinos.


Rei / Rainha

Chefe soberano de um povo/reino.


Regente

Governante na ausência do Imperador/Rei. 

(Normalmente, alguém do clero). 

 

Condestável

Era o máximo responsável pela segurança do Rei e do reino.  

Não era obrigatório ter sangue de nobreza embora quase sempre fosse fidalgo. 

(Fidalgo era a abreviatura de “filho de algo”. Designação atribuída para os filhos de alguém importante.) 


Príncipe / Princesa

Filhos do Imperador/Rei.


Príncipe-Imperial ou Príncipe-Real

Candidatos ao trono.

(Normalmente os primogénitos.)


Grão-Príncipe

Príncipe que, por incapacidade ou renúncia do primogénito, é o seguinte na linha de sucessão.


Infante / Infanta

Título atribuído apenas nos reinos da Península Ibérica para classificar os príncipes mais jovens não aspirantes ao trono.


Bastardo

Filhos ilegítimos, fora do casamento. Normalmente com plebeus/plebeias.  

(Essas crianças, na maioria, ficavam toda a vida enclausuradas em mosteiros tornando-se monges.) 

 

Duque / Duquesa

Título hereditário atribuído aos parentes da realeza.

(Ficou fácil perceber de onde vem a expressão “só me calham duques”.

No Reino Unido, existe a mesma expressão mas em relação a bastardos e de forma mais pejorativa e ofensiva.)


Arquiduque

Duque de famílias imperiais.


Grão-Duque 

Duque com independência do Rei na governação do seu Ducado (terras atribuídas aos duques).


Marquês / Marquesa

Elemento de alta confiança do Rei com regência de territórios marcados (marquesados) em que era necessário “pulso” na manutenção da paz.


Conde / Condessa

Conselheiro do Rei ou regente de Condado (Província).


Visconde

Regente de feudos do Condado, ou, substituto do Conde na sua ausência.


Barão / Baronesa

Líder de nichos sociais que jurava lealdade ao Rei e em troca recebia terras em sistema de morgadio (herdade).


Conde-Barão

Título de honraria atribuído em Portugal aos Barões do Alvito em reconhecimento de valiosos serviços prestados.


Baronete

Título atribuído em Inglaterra a cavaleiros importantes.  

 

Ancião  

Não era obrigatório pertencer a uma classe social, bastava ser alguém que aparentasse uma idade muito avançada, que, automaticamente, seria logo visto como um líder social.  

(Haviam os velhos, aqueles entre os 40/60 anos. Mas para além dessa idade, seria um feito. Os anciãos eram até vistos como magos/bruxos.

Para se ter ideia, na idade média, a mortalidade infantil chegava a ser mais de 50%. Com os constantes conflitos/guerras, desnutrição/má alimentação, pouca higiene, feridas infectadas/mal curadas e doenças desconhecidas. Era raro chegar-se aos 40. A noção de idade era algo completamente diferente. Por exemplo, as jovens começavam logo a ser mães a partir dos 13/14 anos, se chegassem aos 50, provavelmente já seriam bisavós.)

 

Varão 

Palavra derivada de Barão, inicialmente atribuída aos filhos masculinos dos nobres, mas depois com associação a todos os homens respeitáveis.   

Senhor(a) ou Dom / Dona

Autoridade ou dono de terras feudais.

(No Reino Unido este título é famoso como “Lord” / “Lady”.)


Burguês 

Residente em zona de burgo, a zona mais nobre das povoações. Normalmente, junto à Igreja, e por isso, conseguindo privilégios sociais. 

(Mais tarde, após o sistema feudal, seria esta a classe que viria a tomar conta do sistema político e económico).  


Cavaleiro / Dama

Título atribuído em reconhecimento a actos de aplauso/bravura.

(No Reino Unido, este título é famoso como “Sir” / “Dame”.)


Escudeiro

Jovem fidalgo aprendiz/serviçal de Cavaleiro com aspirações a se tornar Cavaleiro aprendendo espadachim e a arte de montar a cavalo.


Trovador

Músico e poeta cantador e contador de histórias, lendas e mitos.


Bobo

Entertainer, comediante e palhaço.

Dançavam, cantavam, tocavam instrumentos, faziam malabarismos e interpretações teatrais (especialmente em mímica com os famosos personagens “Mimo”). Também cantadores e contadores de histórias e poemas satíricos.


Amo / Ama

Dono da casa, da cavalariça/cavalo (nos dias de hoje Patrão/Patroa).

Mordomo / Governanta

Serviçal com demonstração de grande intelectualidade mas normalmente eram criados seniores que ao longo dos anos iam conquistando a confiança dos seus superiores hierárquicos (podia ser desde o Rei ao Amo). Confiança pelos serviços prestados mas principalmente pela lealdade e segredos guardados, sendo-lhe atribuída a gestão da casa/palácio e criadagem.


Pajem / Aia 

Jovens serviçais pessoais. Também podia ser desde o Rei ao Amo.

(Aias, eram popularmente conhecidas como “damas de companhia”.)


Criado / Criada

Serviçais internos para todo o tipo de serviço sem autorização para dirigir palavra aos donos da casa/palácio.


Peão

Guerreiro sem cavalo (arqueiro, besteiro ou lanceiro) por não ter capacidade para cuidar/sustentar cavalos, por isso, sempre acompanhava a pé os cavaleiros e fidalgos.


Camponês

Trabalhador rural que tinha a obrigação de cultivar/produzir bens agrícolas tanto para si como para o dono do feudo (senhorio das terras), e ainda, ter excedentes de produção suficientes para venda de forma a poder angariar moeda para pagar impostos ao senhor feudal.