Com o novo mundo online o tradicional macho robusto está a desaparecer.
Também as novas ideologias políticas e culturais promovem mais o “amor” e tentam a desmotivação dos clássicos comportamentos masculinos de virilidade.
- As brincadeiras de rua acabaram.
A essência do futebol estava na rua, era das ruas que vinham os grandes craques.
- As condições têm que ser de excelência l.
Os jovens de hoje jamais irão numa manhã de chuva para um terreno enlameado correr atrás de uma bola.
- As condições têm que ser de excelência lI.
O campo tem de estar credenciado para a prática desportiva e há preferência por espaços indoor com balneários limpos e perfumados.
- As condições têm que ser de excelência lIl.
Impensável jogar descalço ou com sapatos presos por fita cola como era comum no Séc. XX.
Não tens calçado apropriado para o tipo de piso? Não entras!
- O máximo de performance, records e alto rendimento já foi atingido na perspectiva humanamente possível.
Os novos craques podem imitar as lendas, mas nunca se saberá quem foi o melhor…
Pelé ou CR7? Maradona ou Messi?
Todos podem ter opinião mas nunca ninguém terá certezas.
- Os clubes passaram a ser empresas.
Ser adepto do Belenenses e de tudo o que representa é empolgante, mas quem é que vai ser adepto do Belenenses SAD?
E do Red Bull da cidade de Leipzig na Alemanha que nem tem história/tradição no futebol?
- A maioria dos grandes clubes europeus passou a ser cortina para lavagem de dinheiro dos seus investidores e donos milionários.
Na Inglaterra é gritante.
- Os clubes têm negócios paralelos extra desportivos totalmente obscuros onde se roda montantes milionários.
Transações pornográficas que passam por uma data de gente que nada têm a ver com o desporto.
- É raro dirigentes intelectualmente honestos e confiáveis.
A maioria são bandidos que se orientam ou vivem à conta do clube.
- A velha questão da política associada ao futebol.
Conivência totalmente suspeita em que se percebe um mundo paralelo de favores e favorzinhos.
- Jornalismo desgastante e de intrigas.
Os assuntos são explorados ao máximo de forma exaustiva/repetitiva e sempre a promover a polémica.
Jornadas de comentários e comentadores a analisarem a performance do “dedo mindinho” do jogador “X”.
E agora já nem há tanto aqueles comentadores “adeptos”. Aquilo era uma receita de Satanás.
- Capitalismo extremo com os direitos de transmissão.
O interesse público e cultural por actividades desportivas passou a ser submisso às operadoras de telecomunicações.
- Preços de bilheteira totalmente desadequados à população.
Uma vez em passeio por Setúbal percebi que era dia de jogo e passei pelas bilheteiras do Bonfim...
25 paus por pessoa para não sócios?
Num jogo Setúbal x Marítimo que não contava para nada?
Obviamente que fui “mazé” torrar a “guita” em choco frito.
Depois nos resumos do jogo vi que as bancadas estavam totalmente despidas.
- Lei Bosman.
Como é possível onzes só com jogadores estrangeiros?
Já não digo um representante da terra/região, mas sem um único jogador do próprio país?
Desvirtua a matriz de um clube e totalmente o que é a essência da competitividade no futebol.
- Jogadores/treinadores mercenários.
“Peseteros” vira casacas sem qualquer sentimento pelo clube.
Estão ali só como empregados da casa sempre de malas feitas em recorrentes negociações de bastidores.
- O COVID veio mostrar que tudo isto é dispensável.
Embora se diga que o futebol é a mais relevante das futilidades, a verdade é que a pandemia veio demonstrar que realmente isto não dá pão a ninguém.
- Com a internet, o futebol deixou de ser rei do entretenimento.
Quem é o jovem de hoje que iria gastar um Domingo à tarde de Inverno chuvoso na Reboleira a ver um Estrela da Amadora x Desportivo das Aves como eu nos anos 90?
- As novas gerações são mais esclarecidas.
Percebem facilmente que um clássico adepto de futebol é normalmente uma figura intelectualmente pobre e por vezes até violenta.
Por isso têm reservas em se associarem à “carneirada”.
- Antigamente era tradição os pais/avós levarem as crianças ao estádio para promover o culto.
Hoje as famílias tradicionais já pouco existem e os padrastos estão-se bem c*gando para o filho da companheira e o pai biológico para levar o filho também tem que levar com o embrulho do enteado e nunca se sabe por quanto tempo mais continuará a ser enteado.
Antigamente um pai tinha em média 3 filhos, hoje um filho tem em média 3 pais.
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Post Script:
É provável que o futebol acabe da maneira como o conhecemos hoje, mas enquanto houver humanidade uma bola aos saltinhos é fascinante para todos, especialmente para as crianças e até também para os animais.
Ver também: Coisas que estão mal no futebol.