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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

A minha história no Heavy Metal em forma de diálogo.

1982

- “Ena está ali a capa de um disco cheia de desenhos com monstros…”

- “É Heavy Metal, música da pesada!... - “Ui, ouvi dizer que esses gajos fazem rituais satânicos, comem morcegos vivos, esmagam pintainhos e c*gam em palco…”

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1983

- “Grande doido aquele teu vizinho do cabelo comprido…
  Anda sempre com t-shirts pretas cheias de caveiras…”

- “Sim é metálico, gosta de Heavy Metal…”

- “Ao menos será que toma banho?…”

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1984

- “Ouvi uma música chamada Money Money de um tal Billy Idol e achei altamente…”

- “Esse gajo é p*colho do Punk
  Se queres um som a sério ouve Iron Maiden…”

- “Achas?
  Sou doido mas nem tanto…”

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1985

- “Ena, topa-me bem esta guitarrada no Run To You do Bryan Adams…”

- “Se curtes guitarradas, ouve Heavy Metal…”

- “Isso é só marginais todos drogados com pancada nos c*rnos…”

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1986

- “Ena granda som, que tás a ouvir?”

- “Isto é Iron Maiden,
Não eras tu que não gostavas de Heavy Metal?"

- “Espera, espera…
  Mas esses Maiden não são uns gajos que só gritam e que nem se percebe nada?”

- “Isso é mais Kreator e Slayer, mas os berros é apenas como forma de protesto contra esta sociedade tapada…
Maiden em Dezembro vêm cá ao pavilhão do Hóquei de Cascais, anda vê-los, vais gostar…"

- “Posso ir… Mas os meus pais não podem nem sonhar…”

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1987

- “Ouvi na rádio um tal António Sérgio…
  Aquilo dá coisas pesadonas altamente!...
  Tu que tens aparelhagem com gravador de cassetes, grava-me aquilo tudo!?…”

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1988

- “Há uma papelaria n'Amadora que vende instrumentos musicais e agora tem lá uma guitarra eléctrica...
  O homem faz-me a guitarra e a coluna por 20 contos…"

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1989

- “Então que cabelinho à f*da-se é esse?
  Andas a deixar crescer?”

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1990

- “Tocas guitarra?
  Onde metes os dedos para tocar aquela dos Guns’n Roses?

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1991

- "Ando aí com um projecto musical…
  Alinhas nuns ensaios?
  A minha cena é diferente de todas…
  Tipo alternativo, sabes?...
  Mas com guitarradas pesadonas…”

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1992

- “Nirvana? Pearl Jam? Alice in Chains?
Morte a esses p*nisgas!...”

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1993

- “Como vai a banda?”

- “Despedimos o vocalista.
  Ele tinha uma voz toda cocozinha...
  Andamos à procura de um gajo que mande uns guturais f*didos...
  Assim tipo Max Cavalera ou Phil Anselmo, sabes?...”

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1994

- “Estou todo partido, andei no moche…”

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1995
- “Estou falido e sem rumo, preciso de acalmar…”

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1996

- “Então como anda o Metal?”
- Tudo m*rda agora...
  Metal com electrónica tipo Rammstein, ou RAP com Metal tipo Limp Bizkit...

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1997
- “Então como vai a banda?”
- “Sabes, assumes uma relação com alguém e tens outras responsabilidades…
  Há que haver prioridades…”
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15/20 anos mais tarde… 
(De novo solteiro).
- “Publicaste fotos no concerto de Nightwish?...
  Que g*yzolas.”
- “Oh, fui com g*jas...”
- “Quem diria…
  G*jas em bandas de metal e grupos de g*jas em concertos de Metal…”
- “Verdade, até em Cannibal Corpse…”
- “Foste vê-los, como foi?...”
  
- “Sem alma e já sem hooliganismo apaixonado em que fervia estalada…
  Parecia concerto de reggae
  Tudo chill a fumar erva e a fazer fotos com os smartphones…”

Ver também:

Análise às bandas dos drogados da música pesada pela qual sempre tive pancada.

Porque talvez o Heavy Metal tenha morrido?