• Acto de revolta depois de na tropa me terem obrigado constantemente a andar com a “cara nua”.
• Dá menos trabalho poupando tempo e dinheiro sem a necessidade de todos aqueles rituais e parafernália de produtos de barbear.
• Tática para me tirarem do atendimento ao público.
• Símbolo de masculinidade contra a actual tentativa de feminização dos homens.
Parte psicológica:
• Há algo de poderoso e espiritual inexplicável na barba.
(Não será por acaso que Deus sempre foi representado com longas barbas).
• Dá uma estranha sensação de herói transmitindo confiança/coragem que talvez possa ajudar no processo de sabedoria e percepção/visão do mundo.
(Também não será por acaso que os druidas e os grandes filósofos/matemáticos e sábios em geral, tinham grandes barbas).
• Impõe algum respeito e pode até ser intimidador.
(Mesmo os bandidos/desalojados/marginais ficam na dúvida e evitam tentativas de aproximação).
• Também pode ser interpretado de uma forma terna, tal como é a figura do Pai Natal.
• Dantes chamavam-me “gordo”, agora é “barbudo”.
(Muito melhor).
• Ser diferente do mainstream.
(Experienciei situações de pessoas que ao telefone não se recordavam do meu nome mas quando mencionava que era “o gordo das barbas”, identificavam-me de imediato).
• Por muito que possam negar, as mulheres sentem algum fascínio e é bem provável que uma longa e bela barba pudesse ser factor decisivo no processo de acasalamento e conquista territorial na época do paleolítico.
(Não esquecer também que praticamente todas as mulheres são fãs de bolas de pelo como ursinhos, gatinhos e etc...).
Parte estética:
• Fim daquelas borbulhinhas, cortes e irritações no pescoço acompanhadas de ardor após o barbear.
• Faz simetria com as testas grandes. Especialmente daquelas com “entradas” ou já carecas.
• Disfarça situações de queixo demasiadamente alongado.
• No meu caso, disfarça a falta de pescoço.
• Também no pescoço, disfarça aqueles fibromas/sinais que podem aparecer com a idade.
• Disfarça o possível duplo queixo ou “papadas”.
(Um gordo sem barba fica sempre com um aspecto algo suíno).
• Por a minha barba ser meio “cenourinha”, achei interessante e fora do comum em Portugal.
Parte lúdica:
• Sempre achei piada ao estilo chopper com aqueles motards tipo ZZ Top.
• Fã da série Vikings.
• Fã do estilo do Chris Kael dos Five Finger Death Punch com a barba cheia de tranças.
• Houve até o estilo hipster, da qual nem fui particularmente fã, mas como usavam grandes barbas posso dizer que mais ou menos andei na moda.
Parte funcional:
• Retém por mais tempo o cheiro da água de colónia.
• Protege nódoas na camisola.
• Protege a mandíbula em possíveis impactos.
PLUS,
Parte menos funcional da barba:
• Não dá jeito para comer sopa.
• Convém aspirar a casa mais vezes.
• Há acidentes com os fechos dos casacos.
Despautérios que já ouvi sobre a barba:
• “Pareces um Talibã…”
• “Pareces um Judeu…”
• “Tens a mania que és Viking?”
• “Isso não faz calor?”
• “Qual é a mulher que quer um homem assim com essas barbas?”
• “Isso deve ser antro de bactérias…”
• “O que dizem lá no teu trabalho?”
• “Vi uma foto tua sem barba e eras muito mais giro…”
(Foto de criança).
• “Homens com barba parecem bichos…”
NOTAS:
• Piadinha que uso quando reparo que alguém me olha com rejeição:
“Peço desculpa pela aparência, esta manhã não tive tempo de fazer a barba.”
• Para as senhoras que dizem: “ao menos apara”...
Costumo reparar nos penteados que fazem aos seus animais de estimação.
• Já existem pessoas sem barba, são as mulheres.