domingo, 9 de janeiro de 2022

Como é dormir numa casa rústica em noite de tempestade?

Há sempre uma porta a ranger que ninguém sabe qual é, e que por vezes, vai batendo.


As janelas, cheias de folgas, permitem a entrada do vento gerando um assobio assustador.


Alguma coisa bateu com força na janela. Foi apenas um jovem morcego desorientado mas que nos “pregou” um susto daqueles de deixar “caldo” na roupa íntima.


Os gatos começam a miar como se fossem bebés a chorar.


Uivos. Dizem que os lobos agora estão circunscritos a reservas naturais e que provavelmente serão cães, mas não deixa de ser assustador.


Sinos. Há sempre uma capela com um sino, que talvez pela força do vento, vai batendo. Mesmo que seja só, “na hora de dar horas”.


A chuva é acompanhada de coriscos, e de repente, aquele trovão em modo de juízo final.

Um Cristo. Há sempre uma imagem religiosa que parece que nos olha fixamente num misto de bênção e condenação.


O cérebro já em total paranoia, e mesmo sabendo que não há mais ninguém em casa, sempre se ouvem passos e sentem-se sombras.

Sem comentários:

Enviar um comentário