terça-feira, 15 de setembro de 2020

Coisas que aprendi na vida.

O tempo vale mais do que o dinheiro.
  É melhor ser pobre com 20 anos do que ser rico com 80.
  (O tempo dispensado em benefício de alguém pode ser uma das maiores dádivas, e por vezes, uma grande prova de amor.) Claro que o dinheiro é também de extrema importância e aprendi que não são válidos investimentos imponderados achando que “vai correr tudo bem”, ou que, “logo se vê”...

O calculismo no amor/amizade é infame e ponto final. Mas nas outras circunstâncias da vida é legítimo e até obrigatório.
(Convém sempre ter "plano B" com "plano C" já em perspectiva.)

A sorte trabalha-se e requer muita atenção à conjuntura
  (No dia em que um engraxador de rua disse ao pai de J.F. Kennedy que tinha comprado acções, de imediato percebeu que tinha de se livrar de todos os seus investimentos bolsistas. Passado poucos dias, deu-se o grande crash económico de 1929.)

A velocidade é perigosa.
  “Depressa e bem, não há quem”.
Para sermos rápidos ou produtivos e ao mesmo tempo assertivos em qualquer percurso, jornada e execução laboral, temos que organizar, prever e ponderar.
(Muitas vezes sair de casa uns minutinhos mais cedo pode fazer toda a diferença para depois não andar a correr ou a pressionar terceiros que não têm culpa das nossas pressas.)

Compromisso pessoal.
  Mais grave do que falhar com alguém, é falhar a nós mesmos. (Principalmente relativamente à verdade/realidade.)

Conhecer os nossos limites.
 (Explorar aquilo em que nos sentimos confortáveis e evitar riscos desnecessários em loucuras que não estamos treinados ou à vontade.)

Saber o que se quer e principalmente o que não se quer.
  (Um “sim” é simpático mas um “não” pode ser heróico.)

Ser rejeitado é normal.
 (Nem Deus é consensual na visão dos povos.)

O silêncio pode ser poético.
Em situações de conflito é melhor fazer de morto e nunca responder a provocações.
 (A lama é o território dos porcos e é impossível sair limpo de uma pocilga”.)

Não ficar a chorar sobre o leite derramado.
Focar sempre na solução e evitar perder tempo a lamentar os problemas.
(Limpar o leite em vez de andar a anunciar ao mundo a calamidade do leite derramado.)
Cumprir sempre as regras mas sem ser escravo delas.
As revoluções têm de ser culturais e nunca pela força.
Só em casos de injustiça é que se torna moralmente obrigatório colocar o lado humano acima das regras.
(Mesmo que o procedimento seja m@tar jud€us, o bom senso e a consciência deverá superiorizar-se às regras.)

Fazer a vida normalmente sem contar com a agenda dos outros e muito menos forçar situações ou convites.
  (As motivações têm de ser bilaterais, sentidas e demonstradas. Mesmo assim, há que ter consciência que muitas pessoas nos irão deixar mal à última hora.)

“Levar tangas” é normal.
   Não cabe aos mentirosos explicarem-se…
Cabe à nossa intelectualidade perceber se é apenas mais alguém que accionou o modo mais básico de defesa/protecção no ser humano.

O sonho é na maioria das vezes mais bonito do que a realização do sonho.
A esperança e a expectativa em atingir algo é o que nos faz realmente viver. Os objectivos são importantes mas o que realmente conta e ficará nas nossas memórias é o processo.
(Mesmo que um dia possamos estar presos, por exemplo num lar de idosos, a imaginação é a máxima das liberdades em que podemos voar e sair dali para onde quisermos.)


Seres humanos são maravilhosos e devem ser considerados e amados, mas sempre com a maior distância possível.
(Principalmente evitar tentar conhecer os nossos ídolos porque iremos ficar decepcionados ao descobrir que afinal também são seres humanos.)

Ter consciência de que seres humanos são apenas isso, mortais seres humanos.
  (Alguns com voz grossa mas que na intimidade de uma casa-de-banho regressam à sua essência.)

Rir de nós próprios é fundamental.
  Rir do próximo é maravilhoso mas rir das nossas “azeitices” é o topo da consciência.

Em Roma, há que ser romano.
(Adapt and shape. Be water my friend.)

Há que irrelevar o turbilhão dos diferentes estados de alma das mulheres. A inconstância pode ser tão forte que algumas até mudam o visual de forma regular.
  Muitas vezes, se lhes dermos a Lua, é possível que comentem que o Sol é mais brilhante. Se lhes dermos o Sol, afinal, a Lua era mais suave e romântica. Elas têm timings que é necessário, não necessariamente compreender, mas respeitar.

Em falar em timings, tudo na vida tem o seu tempo próprio.
Há que perceber quando é o melhor tempo para uma acção/negociação. Se bem que, mesmo quando não é por nossa iniciativa, a vida sempre nos mostrará quando o tempo está no tempo, ou quando já foi tempo.
(Resumidamente há que ter noção de quando se entra, seja no que for, e principalmente de quando chegou o tempo para sair.)

Não somos os donos de ninguém e a vida prova que nem de nós próprios somos donos.
  (Em milésimos de segundo podemos passar de “reis da pop” a vegetal.)

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